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Paulo Roberto Pires

Para se perder na terra devastada

Enquanto “intelectuais antenados” matam o tempo ocioso discutindo “o futuro do livro” ou lamentando “o fim de uma era” (todas as aspas necessárias), a turma que prefere conjugar verbos no presente criou a primeira maravilha literária na era do iPad. “The Waste Land” é uma edição digital, em forma de aplicativo, do poema de T.S. Eliot. Até aí nada ou quase, pois há muito carrego no bolso inutilidades fundamentais como as obras completas de Shakespeare e toda A Divina Comédia para iPhone. Mas o brinquedo disponível na AppStore por US$ 13,99 (coisa de 20 e poucos reais) é coisa de adulto, produzida pela Faber & Faber, a casa de Eliot em muitos sentidos, que desde sempre publica sua obra e onde ele trabalhou como editor. [+]

Paulo Roberto Pires

Um passeio na Hipsterlândia

Tio Gay Talese me ensinou que Nova York é uma cidade em que as coisas passam despercebidas. Espero que do outro lado do rio continue valendo a máxima, pois naquela região gente inteligente SEMPRE usa xadrez e listras, cavanhaques e barbichas, chapéus, topetes em diversas direções e óculos de aros grossos. É a Hipsterlândia, terra que dá cidadania em troca de pose: para obter o seu greencard não precisa ser, basta parecer. [+]

Paulo Roberto Pires

Pouco antes do fim

Encontro entre jornalistas e escritores tendem a ser tão interessantes quanto o de médicos com seus pacientes – embora eu não arrisque quem é quem nesta comparação. O fato é que, independentemente de uma entrevista “render” ou não, a proximidade com gente que se admira nem sempre é um momento especial. Em 2001 tornou-se inesquecível para mim um jantar, no Rio, com Ernesto Sábato. E não exatamente pelos motivos mais evidentes. [+]

Paulo Roberto Pires

Keith Jarrett pensa em sua arte (diário)

O dia amanhece esplendoroso no Rio, mas caminho na praia contrariado pela necessidade de ir a São Paulo. Viagem, mesmo as boas viagens, sempre me parece um transtorno pouco antes de partir. E o vício da reclamação faz esquecer que vou a São Paulo ver, pela primeira vez, Keith Jarrett. O ingresso foi comprado há mais de um mês, temendo que não houvesse concerto no Rio – achei também que poderia conciliar a ida à Sala São Paulo com os frequentes compromissos de trabalho. Em pouco tempo, o planejamento foi por água abaixo: Jarrett viria tocar no Rio, justo nessa semana não haveria trabalho em São Paulo – e, logo saberia, não havia vaga em nenhum hotel com preço e qualidade decentes. Havia apenas Keith Jarrett e a incômoda evidência de que, nas próximas 24 horas, viveria exclusivamente em função dele. Me achei ridiculamente fanático e comecei a minimizar o concerto: preferia os standards, mas seria um longo improviso, que poderia ser chato, exagerado. Enfim. [+]

Paulo Roberto Pires

Ensaístas, uni-vos

A serrote completa três anos. Criada e pilotada até a quinta edição pelo Matinas Suzuki Jr. e desde o número seguinte por mim, a revista tem motivos de sobra para comemorar este aniversário: afinal, são mais de 1.500 páginas publicadas que cultivam o ensaio, gênero popularíssimo no mundo anglo-saxão e, por aqui, associado quase sempre à solenidade acadêmica e à sisudez pespontada por notas de pé de página – que Edmund Wilson chamava, com razão, de arame farpado em volta do texto. [+]

Paulo Roberto Pires

Diante da memória dos outros

Depois de virar moda, Susan Sontag virou personagem. Sempre Susan, de Sigrid Nunez, tem titulo de bolero e, pela leitura do que foi antecipado na revista do New York Times, é mais combustível para a usina sem fim das memoir – gênero que o mercado americano inventou para relatos em primeira pessoa que não chegam a ser autobiografias ou ensaios pessoais, dado os baixos teores (ou total ausência) de reflexão. Mas não deixa de ser curioso que, pela segunda vez em poucos meses, me passe diante dos olhos um testemunho da convivência com Sontag – o outro é Desperatly seeking Susan, capítulo (disponível na íntegra aqui) do ótimo livro The professor – a sentimental education, de Terry Castle. [+]

Paulo Roberto Pires

1966, um ano qualquer

1966, um ano qualquer Annus mirabilis é a expressão latina … [+]

Paulo Roberto Pires

Diário (transatlântico) de um folião

Sexta, 25 de fevereiro Paris. É o último dia de … [+]

Paulo Roberto Pires

Elogio do penetra

Elogio do penetra Na próxima serrote, que chega às livrarias … [+]

Paulo Roberto Pires

Nunca houve mulher como Audrey

Quinta Avenida, cinco da matina A cena é bem conhecida. … [+]

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