Gabinete de curiosidades – Teatro de sombras de Alvo noturno

Teatro de sombras de Alvo noturno*

por MARIANA NEWLANDS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

– Minha mãe diz que ler é pensar – disse Sofía. – Não é que a gente leia e depois pense; ela acha que a gente pensa alguma coisa depois lê aquela coisa num livro que parece que foi escrito por nós, mas que alguém, em outro país, em outro lugar, no passado, escreveu um pensamento ainda não pensado, até que, por acaso, sempre por acaso, descobrimos o livro onde está claramente expresso o que estivera, confusamente, ainda não pensado por nós. Nem todos os livros, é claro, mas certos livros que parecem objetos de nosso pensamento e que nos estão destinados. Um livro para cada um de nós. Para encontrá-lo, requer-se uma série de acontecimentos encadeados acidentalmente para que afinal possamos ver a luz que, sem saber, estamos procurando.
(Sofía para Emilio Renzi)

 

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