Do que estamos falando quando falamos de “polarização” na política brasileira? Neste ensaio, publicado em março de 2020, Rodrigo Nunes rastreia as origens do termo no debate político dos EUA e sua distorção no Brasil desde as manifestações de 2013, passando pelo impeachment de Dilma Rousseff e pela eleição de Jair Bolsonaro. O que acontece no país não é uma disputa entre dois polos simétricos, ele avalia: “Foi a direita que mudou o centro de lugar”.
Professor de filosofia na PUC-Rio, Rodrigo Nunes discute no vídeo abaixo o impacto da pandemia de covid-19 na política brasileira
Sem os esforços idealistas, incansáveis e patrióticos dos norte-americanos negros, a democracia dos EUA seria bem diferente, e talvez nem fosse uma democracia, escreve a jornalista Nikole Hannah-Jones neste ensaio, publicado na serrote 34
serrote 34
A edição 34 apresenta textos de dois convidados do Festival Serrote 2020, o filósofo Jason Stanley, autor do livro Como funciona o fascismo e uma dos principais vozes no debate sobre a ascensão global da extrema-direita, e a jornalista Nikole Hannah-Jones, tratando das inúmeras contribuições dos norte-americanos negros para a consolidação da democracia no país.
Ainda na serrote 34: Rodrigo Nunes investiga a ideia de “polarização” na política brasileira; Anne Carson busca na Grécia Antiga as origens do silenciamento de vozes femininas; Tiago Ferro lê um romance de Chico Buarque à luz do Brasil de 2020; Javier Marías discute como contar uma história; Maria Esther Maciel abre seu dicionário de Marias; e muito mais.
Capa: Regina Parra
Março 2020